segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Histórias de Selma



Tive uma experiência magnífica com a matéria chamada História quando cursei da primeira em diante. Estudei no Colégio Estadual Emilio Garratazu Medice, localizado no Stiep, um bairro da cidade de Salvador. Tive diversos Professores.

Sou Selma, cresci numa região muito pobre, num distrito de Salvador chamado Teodoro Sampaio. O ensino era meramente tradicional pois os professores só passavam o que aprenderam . Ao concluir o segundo grau, não tinha nenhuma especialização.

Tive uma Professora de História que exigia que a classe copiasse um questionário para cada assunto do livro. Olha que o livro de Historia era grosso em! Os questionários que ela passava tinham no mínimo 15 questões.

Eu vivia saturada de tanto questionário, mas os educadores não tinham outros métodos de dar aula a não ser fazer leitura do livro com a classe e responder o gigantesco questionário.

Quando saí da quarta serie para a 5ª serie pensei que finalmente iria me livrar dos enormes questionários. Foram anos suportando esses questionários: o que é?... quem foi?... Onde aconteceu?...
Fiquei feliz pois iria passar para o Ginásio e no ginásio tinha plena certeza que séria diferente.
No entanto, tive outra decepção! A Professora de História, em que criei tanta expectativa, atuava igualzinha as demais professoras de história dos anos anteriores. Além dela dar o questionário elaborado por ela mesmo, mandava os alunos formularem outras questões do mesmo assunto e decorar para a prova. Mas tínhamos uma vantagem: o aluno que conseguisse gravar as perguntas e respostas dadas por ela, tirava a nota máxima na prova. Como eu era uma aluna da memória boa para decorar, tirei vários notas com valor 10. Nessas provas a professora não acrescentava nenhuma vírgula, nada a diferente do existia nos questionários.

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